quinta-feira, 26 de junho de 2008

Dedicatória ao Rei Dom Sebastião

Dom Sebastião, soberano a quem Camões
dedicou Os Lusíadas



O poema pode ser lido numa perspectiva que já era antiga, mas a que fatos recentes haviam dado acrescida atualidade, a da cruzada contra o mouro. As lutas no Oriente seriam a continuação das que já se haviam travado em Portugal e no Norte de África, dominando ou abatendo o poder do Islã.O próprio "movimento" dos descobrimentos surgiu numa lógica de combate ao poderoso Império Otomano que ameaçava a Europa cristã, incapaz de vencer o inimigo em guerra aberta. Os objetivos passavam por fazer uma concorrência comercial aos muçulmanos, ao mesmo tempo ganhando proveitos e debilitando a economia dos rivais. Mas também se ambicionava encontrar aliados dos europeus nas novas terras, que poderiam ser eles mesmos cristãos, ou passíveis de conversão.Em 1571, a aparente invencibilidade do sultanato turco tinha sido desmentida na batalha de Lepanto. Sentia-se que os otomanos afinal não detinham a supremacia no Mediterrâneo. E o comandante das forças cristãs fora D. João de Áustria, filho bastardo do imperador Carlos V, o avô de D. Sebastião. Foi neste contexto de exaltação que o poeta terá contribuído para incitar o jovem rei português a partir em conquista para a África, com os desastrosos efeitos que daí se seguiram.

3 comentários:

Daani Maartins' disse...

Vocês introduziram a obra muito bem, de maneira bem simples e mais clara. Assim, pudemos entender bem melhor. Parabéns! =D

Débora Deise, João Pedro, Júlia Paula, Lorena, Sindulfo e Zainne disse...

VOCÊS DESENVOLVERAM O TRABALHO MUITO BEM, SOUBERAM EXPLORAR O TEMA DE TAL FORMA QUE SE TORNOU FÁCIL O ENTENDIMENTO.

mariucha disse...

Olá, queridos alunos!
Realmente, o blog de vcs deixa-nos por dentro de quem eram as tágides e de por que a obra foi dedicada ao rei D. Sebastião. Mas, e a parte épica da leitura? Sinto falta desta e de trechos aí mesmo encontrados.

Abraços, prof. Mariucha.